segunda-feira, 28 de novembro de 2011

COLOCANDO AS QUATRO PATAS NA HISTÓRIA ..

Dedicado a Rosa e ao Diogo que jamais desistem dos seus ideais.


.. e na Geografia, nas Ciências Sociais, nas Letras e na Filosofia!  Voltei correndo pro blog - que os meus médicos do Hovet não me leiam! - e estou nervoso! Foi me ausentar por tempinho para que tudo virasse de patas pra cima! Estava eu em plenas férias – merecidas, diga-se de passagem – quando fui acionado cãolularmente pelos colegas peludos do campus, todos apavorados por conta de um sem número de barulhos vindos de bocas e coisas que explodem e assustam. Foi uma debandada geral e têm cachorros, gatos, pombas, ratos do mato, corujas, formigas, cupins, carrapatos, pulgas e até mesmo as velhas baratas que vivem nos esgotos, todos, ainda apavorados, escondidos pelos milhares de buracos feitos pelos preás. Como pode isso? Ninguém pensou que poderia machucar um de nós? Não? Não acredito!  A Querida e o (Joa)Quim, que circulam há anos pelas imediações da FFLCH e da Química, me latiram que a coisa foi complicada porque tinha muito mais gente gritando do que falando. Uns batiam os pés, outros jogavam pedras, uns tantos usavam cassetetes! Carros foram usados como balanços e vidros se quebraram. Isso assusta os bichos e até mesmo os abacates do estacionamento e os bambus da ferradura ainda estão verdes de medo. 

E a sujeira que ficou? Nunca entendi porque todas as manifestações humanas, sejam elas de alegria, tristeza ou revolta, tenham que deixar tantas coisas pelo chão! Os cachorros do pessoal da limpeza reclamam que esse trabalho extra que seus tutores têm que fazer não é pago. Coisa triste, não? Vindos de quem defende esse pessoal ... não dá pra entender! Não se pode fazer uma manifestação sem sujar tudo? Não? Então que se cate o que se deixou cair! Eu cansei de ficar com as patas cheirando a bebidas caídas sabe-se lá por quais vias, ou sujas de tintas usadas nos cartazes. Até mesmo levei nelas cortes com vidros quebrados.  Acreditem amigos, que tem aqueles que fazem os meus domínios – os matos – de banheiro! Argh! A gente pisa e fica com uma sola na pata feita de cocô. Pelos ossos sagrados dos ancestrais caninos!


Mesmo sem ter tomado parte ativa nos acontecimentos não posso deixar de me posicionar sobre o que está acontecendo nas imediações do meu território, ou seja, em todos os locais onde há uma árvore, um poste, um montinho de terra ou uma touceira onde marquei ou não com meu xixi. Adubei muitas plantas com meu cocô e se não me refiro ao campus inteiro, foco principalmente nos terrenos que circundam a Fefeleche. Já o meu charme abrange a USP inteirinha, todos os campi.

Não perdendo o horizonte, pessoal, onde já se viu tamanha confusão por causa de uma fumacinha? A segurança no campus está meio complicada mesmo. Todos os dias muitos cães são abandonados lá pelos seus tutores que não os querem mais. Alguns são presos por cordas em árvores para não seguirem os carros que fogem porque abandono é crime. Ficam vagando tristemente pelas nossas ruas na esperança de um carinho, de um prato de comida. Dormem com medo constante de inimigos. São mais preocupações para os tutores que cuidam do assunto. Triste mesmo! E tem sempre um maluco que cisma em atacar os cãopanheiros que vivem soltos e ambientados no campus como se eles fossem algum tipo de ameaça. Aí não tem santo que ajude! A gente precisa é de proteção!

Não sei se a tal PM pode ajudar, e por isso quero convocar os cães policiais, aqueles que trabalham na segurança, para discutirmos o assunto. Sei que eles têm algo a latir e é preciso ouvir todos os lados da questão.  Os cachorros dos PM, dos da Guarda Universitária e dos Vigilantes terceirizados podem nos ajudar, principalmente aqueles que vivem nas imediações ou mesmo dentro da Comunidade São Remo. Sei que muitos moram lá, mas escondem isso porque têm medo que os bandidos os encontrem! Que horror! Alguém sabe me dizer que o reitor tem cachorro? Gostaria de ouvir o que ele tem a latir sobre isso tudo. O pessoal do nosso canil tem reivindicações a fazer visando suas necessidades especiais. Pode ser um bom momento! Tem os cachorros do Crusp, os do IEB, da Psicologia, do IME, da Bio, da Poli e até mesmo os da FEA. Precisamos que se unam em torno de uma causa canina única. Ouvi dizer que os da USP-Leste estão tendo muitos problemas. Quero convocar os cachorros dos professores, dos alunos, dos funcionários, os da Comunidade São Remo e até mesmo dos terceirizados em geral. Até mesmo os tios dos cachorros quentes precisam participar.Todo mundo sabe alguma coisa a mais que o outro e pode ajudar a construir uma só frente!

O que não podemos deixar acontecer é que alguns penetras – e os humanos são craques nisso e tentam adestrar bichos para esses fins esquivos – entrem no nosso grupo, tumultuem e coloquem latidos em nossos focinhos como se fossem nossos! Isso jamais. Sabemos o que queremos. Somos cães SRD - Sem Raça Definida, o que significa que temos todas as raças. Temos todos dentro nós. Somos todos e únicos ao mesmo tempo. Se “viramos latas” é porque temos focinhos, somos legítimos donos deles e não aceitamos coleiras de ninguém. Nossas guias são conduzidas apenas por aqueles que consideramos nossos tutores. Somos cachorros dos campi da USP, morando ou não neles.

Aí se perguntarem se sou contra ou a favor da PM no campus lato que exijo a PM no campus, na cidade, no mundo porque ninguém pode viver sem a Pizza de Mussarela. Não era isso? Pode ser Pastel de Milho? Polenta à Milanesa? Puxa! Tanta coisa pode-se fazer com PM!   

Bim
26 de novembro de 2011. 

2 comentários:

  1. Bim, sugerimos também picadinho ao molho, pão molinho e panqueca com mel. Ontem na assembleia tinham alguns cãopanheiros acãopanhando as votações. Várias lambidas, o vovô Propércio te manda lembranças e está firme e forte. Rosa e Diogo

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  2. Tia Rosa. Com PM dá pra fazer taaaanta coisa. Me falaram em Panetone Mesclado. Hum! Vai bem!

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